quinta-feira, 3 de maio de 2012

O discurso do Método

O discurso do método, é um livro publicado  por René Descartes(1596-16501), em  1637, século XVII, e portanto nascido em meio ao Renascimento, movimento politico, cultural que buscava, trazer uma nova visão acerca do mundo, uma visão menos teocêntrica(centro em Deus), e mais centrada nos estudos científicos, naquilo que conhecemos por Razão.
O discurso do método de René Descartes, é portanto um livro que representa pensamento dos intelectuais da época, extremamente voltados aos estudos de todas as ciências, buscando sempre interpretar as coisas á luza da Razão.
O pensamento dessa época, e principalmente o pensamento refletido na obra descartiana, pode ser resumida a partir da máxima “Penso, logo existo”, para este a razão deveria ser usada por todos, deveria estar em cada área da vida humana, mas para que alcançasse o seu verdadeiro objetivo que é de buscar a verdade, esta sendo usada por seres imperfeitos, como é o ser humano, precisaria estar submetida a normas, para que seu uso fosse realmente efetivo.
Entretanto, Descartes não exibe essas ‘’normas’’ de maneira impositiva, ao contrário, o estilo de escrita de Descartes, passa mais como uma biografia, uma narrativa de como este se proponha a usar a razão, inclusive para assuntos religiosos. Descartes acreditava que a única verdade poderia vir de Deus, pois ele seria perfeito, já do ser humano não poderia partir nenhum pensamento perfeito, devido a sua imperfeição, o incentivo ao livre pensamento para assuntos religiosos, causaria a Descartes, a inclusão de algumas obras de Descartes no INDEX, a lista de livros proibidos pela  Igreja Católica.
Acima de tudo, o discurso do método, traz a imagem de uma época, de grandes mudanças, de uma Europa recém-saída da Idade Média, do feudalismo, de toda a estrutura mantida debaixo dos ideais da igreja.

Utopia

Henrique VIII, Inglaterra,a Europa passava por diversas transformações, novos atores políticos, a França tomando as rédeas, em alguns espaços. Thomas Moore, primeiro ministro da Inglaterra, seria contemporâneo a diversos destes episódios, entre eles o processo da reforma protestante que já estava em curso, e do qual o advogado irá tornar-se grande critico, escrevendo textos contra Lutero e contra o luteranismo, sendo um dos grandes defensores da ortodoxia religiosa e perseguidor de hereges.
Vindo de um casamento com Catarina, da Espanha, mas que não dera herdeiros masculinos, Henrique VIII, desejava possuir o divorcio para casar com Ana Bolena. Considerado um humanista, e fervoroso católico, Thomas Moore, será um dos que acompanhará o processo desde o inicio, colocando-se contra a decisão do rei. Sendo assim, Thomas Morus, ardoroso defensor do Direito Canônico, irá pedir a sua demissão do cargo de Chanceler , por não compactuar com a atitude do Rei.
Henrique VIII, rompe com a Igreja Católica, por esta não aceitar o seu pedido de anulação, onde torna-se o chefe da Igreja na Inglaterra, criando uma igreja anglicana, ou inglesa.
Henrique VIII, solicita aos súditos q reconheçam o filho deste com Ana Bolena, como legitimo, decisão a qual Thomas Morus, rejeita, sendo assim preso, na Torre de Londres, onde anos depois é julgado e decapitado, sendo canonizado, períodos depois.
Entre esses acontecimento, Thomas Morus, que era um homem de fortes convicções católicas, escreve a Utopia, talvez uma visão de como o mesmo desejava que fosse o seu país,a Inglaterra.
A Utopia, seria uma Ilha, onde tudo seria perfeito, Thomas Morus, descreve o seu encontro com um velho estrangeiro, e com Raphael Moren, um viajante que teria sido contemporâneo de Américo Vespucio. Utopia seria uma ilha quase comunista, não haveria propriedade privada, todos iriam trabalhar ,cerca de 6 horas por dia, três pela manhã, três pela tarde, todos usariam as mesmas roupas, não dando espaço para que um ou outro fosse considerado melhor, por suas roupas, ou por suas joias.
Utopia, é uma visão idealista da sociedade, mas também seria um ataque feroz a sociedade inglesa, e provavelmente ao rei Henrique VIII.